Celebrações ao Dia da Mulher se estendem por todo o mês e março no Colégio Santa Inês

Como é ser mulher em 2023? Certamente melhor do que no final do século XIX, marcado por diversas mobilizações de trabalhadoras, que lutavam contra condições de trabalho precárias, jornadas excessivas e ambientes desumanos.  

Entre as histórias de luta que deram origem ao Dia Internacional da Mulher está a icônica tragédia ocorrida em 1911, em Nova Iorque, na qual mais de 120 operárias de uma fábrica têxtil morreram em um incêndio após inúmeras reinvindicações relacionadas à segurança do local. 

Lutas continuam até hoje 

Será, no entanto, que as lutas de gênero cessaram? Será que não há mais reivindicações a serem feitas? Será que já vivemos num mundo ideal, onde ser mulher é sinônimo de liberdade e segurança? 

Violência doméstica, desigualdade salarial, invalidação no mercado de trabalho, menos oportunidades profissionais e uma necessidade constante de provar sua voz deve ser ouvida com respeito na sociedade são algumas das realidades que seguem em pauta. 

Algumas delas, inclusive, não perdem a validade mesmo diante de tantos avanços e conquistas, como a insegurança ao andar pelas ruas. Essas questões, inclusive, ainda são acentuadas quando se tratam de mulheres pretas, de baixa renda, LGBTQIA+ e com tantas outras peculiaridades que se somam ao simples fato de ser mulher. 

Mulheres que Inspiram 

Pensando em tudo isso, neste Dia Internacional da Mulher, o Colégio Santa Inês lançou a campanha “Mulheres que Inspiram”, que se estende por todo o mês de março e reúne diversas ações sociais e pedagógicas. 

Inspirada pelos ensinamentos de Madre Teresa de Jesus Gerhardinger, a fundadora da congregação Irmãs de Nossa Senhora, a campanha teve abordagens como incentivo profissional e autonomia feminina, ações de apoio social, valorização do papel de mulheres da comunidade inesiana e embasamento histórico para os estudantes de diferentes níveis de ensino. Confira abaixo o vídeo elaborado para a campanha.

“Madre Teresa será sempre um exemplo de luta em prol da educação de mulheres e meninas, o que, consequentemente, pode lhes garantir um futuro melhor”, lembra a diretora da escola, Irmã Celassi Dalpiaz, que destaca a sintonia das iniciativas com o legado deixado por Madre Teresa de Jesus Gerhardinger. 

Na abertura da campanha, centenas de adesivos com o slogan “Mulheres que Inspiram” foram distribuídos para os inesianos. A proposta era simples e sensível: entregar uma espécie de “selo de reconhecimento” para aquelas mulheres que mais inspiram cada um no dia a dia.  

“Essa foi uma forma de todos poderem demonstrar sua admiração por mulheres do próprio convívio, como mães, filhas, colegas, professoras... No ritmo agitado do dia a dia, sentimentos como esse, muitas vezes, não são revelados”, explica Irmã Celassi. 

 

Apoio a outras mulheres  

Outras duas ações que inauguraram as celebrações foram a arrecadação de absorventes higiênicos para doação a mulheres em situação de vulnerabilidade e o Bazar do Empreendedorismo Feminino. 

O evento, inteiramente promovido pela escola, reuniu 18 empreendedoras inesianas para demonstrar, divulgar, comercializar e inspirar outras mulheres com seus produtos e serviços durante um dia inteiro. 

Conheça as empreendedoras que participaram do bazar promovido pelo Colégio Santa Inês

Conhecendo o passado para inspirar o futuro 

Ao longo de todo o mês, estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental I também irão refletir sobre a importância do Dia Internacional da Mulher, suas motivações, lutas históricas por trás da data e também personagens femininas que marcaram a história, atravessando as linhas do tempo com trajetórias que inspiram mulheres até os dias de hoje. 

Semear, desabrochar e revolucionar 

Além de apresentarem uma seleção de mulheres que merecem ser lembradas por seus feitos, a escola irá promover jogos, dinâmicas e também uma atividade cheia de afeto para ficar na memória das crianças: a construção coletiva de uma floreira de mulheres inspiradoras – tanto da História quanto de suas vidas. 

“A proposta dessa floreira é descontruir a relação entre flores e mulheres, fortalecendo a ideia de que a representatividade feminina vai muito além disso”, explica a professora Pietra Tórgo.  

“Queremos revolucionar esse conceito de que mulheres precisam receber flores nesta data, pois elas já são as próprias flores: são potências da natureza, que desabrocham, criam raízes, resistem a tempestades, e embelezam o mundo”, complementa. 

Ações do Grêmio Estudantil

O GESI também não ficou de fora! Suas ações se iniciaram com a pintura do símbolo feminino nos braços dos estudantes, professores e funcionários, e se estendem até a próxima segunda-feira com a exibição de filmes repletos de representatividade.