Estudantes do 6º ano lançam livro sobre memórias afetivas

Não é novidade que escrever vai muito além de comunicar. A escrita, especialmente na infância e na adolescência, desenvolve vocabulário, repertório, raciocínio, senso crítico e muita imaginação, além de expressar sentimentos e emoções em palavras.

É pensando nisso que o Colégio Santa Inês tem a produção literária como tradição e, como de costume, os primeiros a estrear nas sessões de autógrafos da escola foram os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental II, que lançaram o livro “Our Heritage – memória e afeto, o passado ressignificado”.

Parte do Programa Bilíngue, a publicação reúne memórias afetivas dos estudantes por meio de contos narrados pelos objetos que habitam suas lembranças. “Em português, eles mergulharam nas narrativas de suas próprias origens. Em inglês, desenvolveram verbetes pessoais, ressignificando de forma afetiva seus objetos”, conta a coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental – Anos Finais, Analice Vacaro.

A bordo de uma escrita em verso, os autores dão vida e voz a artigos como camisas, joias, bichinhos de pelúcia, medalhas, livros, porta-retratos, chapéus e canecas. “Além de descobrirem objetos que apresentam valor além do material em suas casas, os estudantes se colocaram no lugar desses artefatos e puderam contar as histórias de suas famílias através de outra perspectiva”, explica uma das professoras responsáveis pelo projeto, Renata Hirtz.

Ao longo de 171 páginas, os objetos apresentados no livro ocupam lugares que ultrapassam os papeis de protagonistas. “Realizar reflexões sobre as histórias familiares e criar produções textuais proporcionou uma mobilização da língua inglesa através das vivências de cada estudante, o que estimula a aprendizagem a partir de experiências significativas”, afirma a também professora e organizadora, Iasmine Lopes.

A atividade, fixa no cronograma escolar do 6º ano, desperta a criatividade, enriquece a linguagem verbal e exercita habilidades cognitivas – capacidades importantes tanto para o presente quanto para o futuro. “Como seres humanos, somos, por natureza, seres narrativos, que gostam de contar histórias”, conclui a diretora da escola, Irmã Celassi Dalpiaz.