Estudantes se preparam para Mostra Brasileira de Foguetes

Muito mais que uma garrafa PET ou pedaços de papel. Para pôr em prática os conhecimentos vistos em sala de aula, o frasco de plástico e as cartolinas ganham outra vida nas aulas de Física da escola: foguetes construídos com todo cuidado para alcançarem a maior distância possível depois de serem lançados.

A atividade, que percorre turmas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, é uma forma criativa de despertar o interesse pela Ciência – tudo por meio dos princípios físicos envolvidos no lançamento de foguetes no ar.

Como resultado das experiências em laboratório, os estudantes participam de competições como a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), para a qual fizeram as experimentações dos foguetes na semana passada.

Os estudantes do 4º ao 5º ano do Ensino Fundamental I fizeram seus lançamentos no pátio da escola, enquanto os estudantes a partir do 6º ano do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio participaram da prova prática na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (ESEFID), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Eles também realizaram a medição do alcance de cada foguete e o registro do lançamento.

Um foguete? Como assim?

As criações dos Anos Finais ao Ensino Médio são feitos de garrafa PET, cola e sucata. Já nas mãos dos pequenos dos Anos Iniciais, essa engenharia é feita de papel – aparentemente pouca coisa para fazer um foguete subir.

A Física, no entanto, explica. Com base na 3º Lei de Newton, a explicação é que o ar pressurizado empurra a água para fora, causando uma reação da garrafa em sentido oposto.

Além de um ser de garrafa PET e o outro de papel, a estrutura dos foguetes muda pouca coisa do Ensino Fundamental para o Ensino Médio. “O que muda, de um para o outro, é o combustível. O Ensino Médio usa vinagre e bicarbonato de sódio e o Ensino Fundamental usa água pressurizada com uma bomba de encher pneus”, conta o professor Alexandre de Maria, professor de física do Colégio Santa Inês.

Ao total, são 37 estudantes do Colégio Santa Inês participando, e dez foguetes construídos em aula para lançar na MOBFOG, que acontece em 17 de maio. Entre os competidores, há quatro níveis:

Nível 1: destinado a estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental
Nível 2: destinado a estudantes do 4º ao 5º ano do Ensino Fundamental
Nível 3: destinado a estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental
Nível 4: destinado a estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio

Lançamentos podem ultrapassar fronteiras do mapa

No Nível 4 (Ensino Médio), os melhores classificados são convidados para participar de seletivas, que escolhem estudantes para representar o país na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e na Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA).

Para esclarecer todas as dúvidas, também é possível consultar o regulamento da OBA e da MOBFOG pelo link http://www.oba.org.br/site/?p=conteudo&idcat=6&pag=conteudo

A OBA e a MOBFOG são realizadas pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), com apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).