Leituras para inspirar meninas. Confira as dicas

Não há controvérsias: o hábito de ler constrói pontes para o imaginário e abre as portas da criatividade. Mas essa relação entre livro e leitor pode ir ainda mais além: inspirar.

Pensando nisso, reunimos nove obras sobre mulheres, escritas por mulheres e para encorajar mulheres – uma seleção para tornar o Dia Internacional da Mulher, e todo o mês de março, uma data para iluminar o caminho uma da outra.

 

Confira, abaixo, os títulos que separamos para inspirar não só as mulheres de hoje, mas as mulheres de amanhã:

Ou Isto ou Aquilo

2 a 7 anos

"Ou isto ou aquilo" é um clássico da literatura infantil brasileira. Desde seu lançamento, vem conquistando gerações de leitores.

A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brinca com as palavras, explora a sonoridade, o ritmo, as rimas e a musicalidade. O tema do livro é que a vida é feita de escolhas e estas muitas vezes são difíceis de resolver, o cotidiano marcado pela dúvida e pela dificuldade de decisão é poetizado. A poesia em Ou isto ou aquilo usa recursos de aliteração, assonância, paranomásia, alternâncias vocálicas e outras figuras fônicas.

Escrito e publicado em 1964, é uma das maiores criações de Cecília Meireles (1901-1964) e celebra em 2024 60 anos.

 

‎Becos Da Memória

9 anos e acima

Becos da memória é um dos mais importantes romances memorialistas da literatura contemporânea brasileira. A autora traduz, a partir de seus muitos personagens, a complexidade humana e os sentimentos profundos dos que enfrentam cotidianamente o desamparo, o preconceito, a fome e a miséria; dos que a cada dia têm a vida por um fio. Sem perder o lirismo e a delicadeza, a autora discute, como poucos, questões profundas da sociedade brasileira.

 

A Hora da Estrela

14 anos em diante

Último livro escrito por Clarice Lispector, “A Hora da Estrela” traz um tom de confissão, pois é uma forma de despedida da autora. Lançada pouco antes de sua morte, a obra conta os momentos de criação de um escritor chamado Rodrigo S. M. narrando a história de Macabéa. No livro, Clarice põe um pouco de si nas personagens Rodrigo e Macabéa. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a Rádio Relógio e que passou a infância no Nordeste – tudo como Clarice.

 

Lute Como uma Princesa: Contos de Fadas Para Crianças Feministas

8 anos em diante

E se o destino das princesas não se resumisse apenas a casar com o Príncipe Encantado e viver feliz para sempre? Em 15 contos de fadas repaginados para uma nova geração de crianças, “Lute Como Uma Princesa” traz uma releitura da história de algumas das princesas mais famosas do imaginário infantil, como Bela, Cinderela e Rapunzel. Essas novas histórias, focadas em autoestima, empatia e representatividade, redefinem o que significa ser uma princesa.

 

Ela Nasceu Clarice

8 anos em diante

“Ela Nasceu Clarice” conta, de uma maneira poética e com ilustrações lindíssimas, a trajetória de uma menina que, ao ler obras de Clarice Lispector, se transforma pela magia de sua literatura. Tantos sentimentos cabiam naquelas palavras que a menina passou a escrever, uma voz a ecoar sobre os muros do mundo, pincelando de alegria os dias opacos. “Ela nasceu Clarice” é, sobretudo, uma história de amor aos livros.

 

Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes

6 a 12 anos

“Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes” traz cem histórias de mulheres completamente diferentes, mas com uma característica que as colocam no mesmo lugar: são valentes, inspiradoras e têm o poder de mudar o mundo. Entre elas, Jane Austen, Frida Kahlo, Irmãs Mirabal, Evita Perón, Margaret Thatcher, Malala Yousafzai, Marie Curie, Michelle Obama e Nina Simone.

 

Com qual penteado eu vou?

8 anos em diante

A festa de 100 anos do Seu Benedito vai animar toda a família, afinal, agora, ele é um cen-te-ná-rio. Para homenagear seu bisavô nessa data tão importante, suas bisnetas e seus bisnetos irão escolher penteados lindos para participarem da comemoração. E cada uma e cada um irá presentear seu bisa com a virtude mais poderosa que tem. Com qual virtude você presentearia alguém tão especial?

 

Eu sou Malala

12 anos em diante

Quando o Talibã tomou controle do Vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai se recusou a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria, mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas, em Nova York.

 

Carolina – Carolina Maria de Jesus

8 a 11 anos

Esta obra conta a trajetória de Carolina Maria de Jesus, empregada doméstica, catadora de papel e moradora de favela que, ao lançar o livro “Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada”, tornou-se uma das escritoras mais importantes da literatura brasileira. Inspiração e exemplo para as novas gerações, Carolina é representada, neste livro, em meio a fatos históricos e a personagens que se transformaram em símbolo de resistência e superação.

 

Malala, a menina que queria ir para a escola

6 aos 14 anos

Malala Yousafzai quase perdeu a vida por querer ir para a escola. Ela nasceu no Vale do Swat, no Paquistão. Quando tinha 10 anos, viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista chamado Talibã. Armados, eles proibiram a música e a dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar. Certo dia, em 2012, Malala sofreu um atentado a tiros quando voltava de ônibus da escola. Ali, começava um novo capítulo da vida de Malala, a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz.

 

A Pele Que eu Tenho

7 anos em diante

O que é mais importante? A cor da nossa pele ou o que somos por dentro? Em “A Pele Que Eu Tenho”, a autora abre, de forma poética, um diálogo com as crianças sobre raça e identidade. O livro fala que a cor da nossa pele é apenas uma cobertura. Para conhecer uma pessoa de verdade, é preciso enxergar além da aparência, abrindo bem o coração, encontrando outros tesouros guardados e se livrando de preconceitos e estereótipos.