Semeando um mundo melhor: crianças da Educação Infantil plantam árvores ameaçadas de extinção
Quem passa pelo Jardim Botânico de Porto Alegre pode ver araucárias de todos os tamanhos. Assim também é na área verde do Colégio Santa Inês e em vários quintais espalhados por Porto Alegre – especialmente no bairro Petrópolis.
O que elas têm em comum é que muitas foram plantadas no mesmo lugar: na escola! E quem pensa que o plantio foi coisa de “gente grande”, está enganado. As sementes da árvore foram plantadas pelas crianças da Educação Infantil, desde a Classe Bebê até o Nível 4.
Mais de 2 mil árvores em Porto Alegre
O momento, que inicia em junho e é preparado em homenagem à Semana Mundial do Meio Ambiente, acontece desde 2003, e já deu origem a 2,1 mil pinheiros – como é chamada a árvore ameaçada de extinção.
A atividade caminha de mãos dadas com o conceito da Biofilia integrada ao currículo da Educação Infantil, mas a experiência não termina na semeadura, tampouco na germinação. O cultivo continua ao longo dos meses, permitindo que os pequenos compreendam o ciclo de vida da natureza.
Um plantio que conecta
De acordo com a coordenadora pedagógica da Educação Infantil, Rosana Rego Cairuga, “cultivar o pinhão é uma das inúmeras vivências muito especiais que realizamos ininterruptamente com as crianças na Educação infantil há mais de 20 anos. Nosso propósito é de que, a cada ano, elas possam construir, além de conhecimento sobre o meio natural, diferentes valores acerca da importância de estarmos fazendo algo em prol do bem de todos. Somos natureza e, na medida que cuidamos dela, estamos cuidando de nós mesmos”.
Ao mesmo tempo em que o plantio motiva as crianças em suas descobertas no ambiente natural, estar em contato com a natureza amplia o repertório dos pequenos e traz conexões de bem-estar que impactam no seu crescimento. Esse envolvimento, no entanto, não para por aí.
Simbolismo além da colheita
No final do ano, a árvore, que é símbolo do Natal, segue com as crianças e suas famílias para casa – todas já enfeitadas por elas. Mais uma vez, a trajetória dessas árvores não termina em 25 de dezembro: segue com cada uma delas enquanto os pinheiros existirem.