Carisma de Madre Teresa é inspiração constante para Irmãs Escolares

Hoje, dia 9 de maio, celebramos o legado de Maria Teresa de Jesus Gerhardinger, fundadora das Irmãs Escolares de Nossa Senhora (IENS) que, entre tantas mensagens, destacava que a “verdadeira educação é aquela que humaniza e transforma”. Madre Teresa, anteriormente Carolina Elizabeth, nasceu em Regensburg, Stadthamhof, em 20 de junho de 1797. Filha única de Willibald Gerhardinger e de Mary Frances Huber, foi educada de tal forma que, a cada dia, crescia a riqueza de seus dons, da mente e do coração. Seus anos de escola com as Cônegas de Notre Dame ajudaram no desenvolvimento e na formação de seu caráter. Assim como uma criança, desenvolveu as qualidades que promoviam a sua vocação e satisfaziam as suas exigências: abertura para o mundo, o amor para com os pobres, liderança firme e grande amor e devoção a Deus.

A educação formal para meninas, na cidade de Carolina, chegou a um fim inesperado, em 1809, quando o convento de Stadtamhof, juntamente com outras instituições da Igreja, foi fechado, vítima da guerra e da secularização. Então George Michael Wittmann, pastor da catedral e, mais tarde, bispo auxiliar de Regensburg, encorajou os talentos da jovem paroquiana para se tornar uma professora. Por mais de duas décadas como professora na escola de Stadtamhof, fez desta uma escola modelo. Preocupava-se com a pessoa de forma integral, com todas as suas necessidades. Acreditava que, através da educação cristã das mulheres e mães, poderia fazer uma renovação na vida familiar e, através desta, uma mudança positiva na sociedade. Por isso, ela se dedicou à educação para meninas ao longo de sua vida.

A partir de 1816, Carolina, com outras duas professoras em Stadtamhof, levou uma vida dura de estrita pobreza, penitência e oração fervorosa. Durante estes anos, o seu desejo de entregar-se totalmente a Deus na vida religiosa cresceu mais ainda. O então Bispo Wittmann viu isso como um sinal de Deus, para fundar uma comunidade religiosa dedicada à educação de meninas e mulheres jovens. Para esta fundação, ele preparou Carolina, mas morreu em 1833, antes de seu plano se realizar. No entanto, Carolina, com uma firme confiança em Deus e apoiada pelo Padre Francis Sebastian Job, amigo de Wittmann , seguiu o que ela reconheceu como sendo a vontade de Deus: com duas companheiras começou a viver a vida religiosa apostólica em Neunburg Vorm Wald, em 24 de outubro de 1833. Fez sua Profissão Perpétua, em Regensburg, em 16 de novembro de 1835 e, posteriormente, recebeu o nome de Maria Teresa de Jesus. O amor de Madre Teresa para com Deus e as pessoas foi alimentado pela oração e mostrado por sua luta para glorificar a Deus e expandir o Seu Reino. Ela permaneceu empenhada em cumprir a vontade de Deus, mesmo que fosse por meio da cruz e de sacrifícios extraordinários. Em tal obediência, fundou a Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora. Viu sua Congregação como obra de Deus, com base na Eucaristia, enraizado na pobreza e dedicada a Maria.

A convite do rei Louis, Madre Teresa transferiu a Casa Mãe para o antigo convento das Clarissas em Anger, Munique. Aproveitou as oportunidades da Metrópole para a educação de suas irmãs e para a propagação de sua comunidade, em casa e no exterior. Sua fé e generosidade ajudaram a proclamar a boa nova do Reino de Deus, onde quer que ela fosse chamada. Em 1847, suas primeiras cinco missionárias partiram para a América do Norte e, a partir de 1850, as Irmãs Escolares foram para países da Europa, fora da Baviera. Elas viviam em pequenas comunidades e trabalhavam em escolas, creches e orfanatos, principalmente em áreas rurais e pobres. As irmãs se tornaram pioneiras no desenvolvimento do sistema de educação do século XIX na Alemanha e deram uma contribuição essencial para a organização do sistema escolar paroquial na América do Norte.

Madre Teresa reconheceu que a rápida expansão global da comunidade jovem precisava de uma liderança forte. Lutava para regular um governo central da congregação através de uma Superiora Geral. A visão de Madre Teresa foi confirmada e ela provou seu amor e fidelidade à Igreja. Depois de uma longa e dolorosa polêmica com o arcebispo de Munique – Freising, ela recebeu o reconhecimento Papal para a sua Congregação em 1854. Em 1865, o seu projeto de regra foi aprovado pela Sé Apostólica. Assim, a unidade de sua congregação foi garantida e uma nova forma de governo para as Congregações Religiosas foi aceita pela Igreja.

Em todo o seu sucesso e sofrimento, Madre Teresa permaneceu como ”Serva do Senhor“. Perseverou nesta atitude e também nas grandes provas de seus últimos anos, quando as guerras na Europa e na América ameaçaram dividir as famílias e as nações. Sua missão começou em tempos difíceis e foi assim até o fim. Em 09 de maio de 1879, Madre Teresa confirmou o último chamado de Deus na sua vida terrena e foi para casa com a paz do Senhor para a sua missão final. Encontrou seu lugar de descanso final na Casa Mãe, em Anger, Munique.