Let’s Play: Creating Conditions for Play and Thrivingat Home
Para o planejamento à distância na Educação Infantil, a equipe pedagógica vem buscando diferentes formas para qualificar e enriquecer as atividades enviadas para casa, bem como para o roteiro das iniciativas on-line. Afinal, a experiência educativa nessa fase é essencialmente interativa e vivencial. Na última semana, as teachers do Programa Bilíngue do segmento, Carolina Menegon e Cristiane Bullow, participaram de uma webinar intitulada “Let’s Play: Creating Conditions for Play and Thrivingat Home”, cujo objetivo era aperfeiçoar o trabalho desenvolvido.O encontro internacional teve como palestrantes Mark Gutkowski, diretor Acadêmico Global das escolas Avenues - The World School, Nancy Schulman, diretora do Centro de Aprendizagem Precoce da Avenues em Nova York, e Matt Linden, diretor do Centro de Aprendizagem da Avenue do Vale do Silício. Na pauta, inúmeras ideiase atividades para professores e pais desenvolverem com as crianças em casa.
Durante a conversa, salientou-se a importância de diversas brincadeiras de motricidade ampla, como correr e escorregar - que desenvolve a coordenação e o equilíbrio - de motricidade fina, como quebra-cabeças - que desenvolve o controle dos movimentos dos dedos das mãos - de Faz de Conta - que inclui encenações e vivências não literais, desenvolvendo a linguagem, a imaginação e a capacidade de resolver problemas. Além dessas, também, as brincadeiras simbólicas, como converter os dedos em um telefone, desenvolvendo o pensamento abstrato; as sensoriais, como usar areia, terra e lama - que desenvolvem os cinco sentidos - e as de comportamentos vigorosos, como pega-pega ou “lutinha”, desde que estejam acompanhadas de sentimentos positivos entre os participantes, desenvolvendo autocontrole, compaixão e limites.
Todas essas atividades, segundo os palestrantes, são importantes para o desenvolvimento infantil. No entanto, a brincadeira de Faz de Conta, além de desenvolver a linguagem, o que pode ser muito bem aplicada para a aquisição de língua inglesa, também possibilita que as crianças imaginem, estabeleçam regras, façam conexões, contem histórias e trabalhem em equipe. “Sabemos que as crianças têm preferências por determinadas brincadeiras, mas é importante que nós, adultos, possamos criar oportunidades para que elas vivenciem todas as formas de brincadeiras”, destacam as teachers. Carolina e Cristiane lembram que diferentes materiais despertam interesse na criança, podem engajá-la naquela atividade e é a melhor maneira de fazer com que ela experimente vários tipos de brincadeiras, desenvolvendo habilidades.
Um conceito muito importante trazido durante o encontro virtual por Nancy Schulman e Matt Linden foi “que o brincar não é o oposto de trabalhar”. A brincadeira é o trabalho da criança, porque nela é possível cometer erros, resolver problemas, construir o senso de confiança, de comunidade e de pertencimento. Assim, o oposto da brincadeira seria a depressão. A brincadeira é o que mantém as crianças livres de estresse. Crianças estressadas não conseguem aprender. Assim, se queremos crianças tranquilas, felizes e adquirindo aprendizagens, vamos deixá-las brincar!
Sobre o papel dos pais, os especialistas reforçaram duas ideias: a importância de se ter uma rotina diária, mantendo a constância nesta rotina, e a necessidade da conexão entre os pais e seus filhos. Os pais devem deixar o telefone de lado e se engajar na brincadeira com a criança. Demonstrar interesse no jogo de videogame ou na brincadeira preferida é o que propiciará essa conexão. Outro aspecto importante é que os pais não se preocupem demasiadamente sobre o processo de aprendizagem das crianças neste momento. A aprendizagem está acontecendo o tempo todo, ela não para. E, à medida que as crianças estão observando e fazendo as coisas que são essenciais para a vida, como lavar os pratos, cozinhar e organizar os pares de meia, por exemplo, elas estarão engajadas no processo de aprendizagem.
Os profissionais ainda ressaltaram que as crianças não precisam ter todas as respostas corretas. O adulto não está do lado da criança para solucionar seus problemas, mas para engajar-se com algumas perguntas: “O que será que podemos fazer para resolver isso? ”. Desta forma, estamos permitindo que as crianças consigam aprender de forma mais profunda. Cometer erros e falhar permite que os pequenos pensem sobre o que aconteceu, planejem e perseverem para solucionar problemas. Além disso, deixá-los guiar brincadeiras é uma ótima maneira de interagir e perceber as possibilidades que eles podem criar.
Sobre o brinquedo ideal, ele precisa ser 90% criança e 10% brinquedo; aqueles que podem ser utilizados de várias formas são os ideais. Materiais reciclados ou da natureza são ótimos brinquedos para que as crianças possam se divertir e criar. Tornar uma situação cotidiana uma possibilidade de brincadeira deixa as crianças entusiasmadas e querendo participar do que está sendo proposto. Gostou da ideia? Então aproveite esse momento com os pequenos e resgate sua criança interior, que gosta de brincar e aprender brincando! So, let’s play and have fun!