Que jovens estamos deixando para o nosso mundo?
O cenário contemporâneo está posto – conexão, interconexão, liquidez, transformação, fragilidade, profusão de ideias e acúmulo de informações. O século XXI nos traz grandes desafios, ao mesmo tempo em que proporciona uma infinita gama de possibilidades, nas mais diversas esferas – socias, econômicas, midiáticas, religiosas, familiares e educacionais.
A formação da personalidade dos indivíduos passa por experiências e alterações advindas dos fatores genéticos e dos fatores ambientais. Logo, nossa constituição ocorre a partir do contato que temos com o outro e nossa conduta é também produto de socialização. Nesse contexto, precisamos promover as habilidades socioemocionais, que são tão importantes quanto as competências cognitivas, para que tenhamos um desenvolvimento integral dos sujeitos.
O desenvolvimento do conjunto de habilidades socioemocionais é importante para a promoção do bem-estar, melhora do aprendizado, desempenho eficiente frente aos desafios, exercício da empatia, pensamento crítico, perseverança e criatividade, fundamentais para a convivência plena em sociedade. Para tanto, o Laboratório inteligência de vida – LIV – no ano de 2020, vem agregar valor ao trabalho que já vem sendo desenvolvido no componente curricular de Relações Escolares e Autonomia – REA, assegurando as novas diretrizes nacionais estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular, a BNCC.
A implementação de uma nova perspectiva para o trabalho com REA requer estudo, aprofundamento teórico, experimentação e imersão na proposta, pontua a Coordenadora Pedagógica Analice Vacaro. Assim, nossos professores, vivenciaram ao longo da Jornada Pedagógica momentos de imersão, construção, partilha e apropriação de novos saberes socioemocionais que serão ferramentas de transformação do ambiente escolar, com o amadurecimento da relação do estudante com esse espaço e também nos vínculos entre estudantes e professores, a fim de garantir a todos múltiplas possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento integral, conclui Analice.
Se a constituição do sujeito acontece por meio das relações que estabelece com outros indivíduos, essas mesmas relações constituem o mundo no qual estamos inseridos. A transformação que desejamos para esse contexto requer, então, sujeitos que percebem suas possibilidades, tem capacidade de ampliá-las, como também reconhecem suas fragilidades e buscam alternativas de superação, além de conectarem-se com o mundo, percebendo o outro e criando projetos de vida que mobilizem conhecimentos cognitivos e competências socioemocionais para resolver problemas e construir um mundo melhor, destaca a Orientadora Educacional Luciana Modica.