Dia Internacional da Biodiversidade: estamos todos conectados
O Dia Internacional da Biodiversidade, estabelecido pela UNESCO - agência especializada em Educação, Ciência e Cultura da Organização das Nações Unidas (ONU), serve não apenas para relembrar a sociedade da preservação do meio ambiente e, sobretudo, todas as formas de vida que o habitam, como também convida as escolas associadas à Rede PEA UNESCO a realizarem ações concretas que coloquem em prática os objetivos globais de ensino. Sendo assim, neste 22 de maio, desde os bebês da Educação Infantil até os formandos do Ensino Médio, o Colégio Santa Inês reafirma seu compromisso em refletir e apoiar mobilizações que cuidem das diferentes espécies de seres vivos, ao orientar os estudantes sobre como o planeta Terra está interligado e por que todos importam.
Falar de biodiversidade é tratar de saúde, segurança alimentar, bem-estar, purificação da água, polinização e muitos outros repertórios naturais nas aulas de todas as disciplinas, não somente em Ciências e Biologia. Todos os educadores da escola, a partir do exemplo, devem preservar a diversidade que nos cerca. Por isso, a comunidade inesiana é constantemente estimulada a reconhecer os problemas e propor soluções alinhadas à preservação ambiental, nos mais diversos contextos sociais existentes. Afinal, o cuidado com o planeta é tarefa de todos e não pode esperar, pois as consequências dos excessos já são sentidas na pele. Esse cuidado vem de atos de boa convivência, amor e proteção ao que é coletivo.
A biodiversidade é, portanto, um convite para entender as relações complexas e de interdependência que temos com outros seres vivos, sejam eles habitantes dos oceanos, sejam das florestas. Muitas vezes, o olhar atento ao caminho que fazemos da nossa casa até o colégio para identificar a quantidade de espécies pelas quais passamos já se torna crítico e sensível ao reconheceremos a urgência de agirmos, no presente, no enfrentamento da urbanização e poluição desenfreadas, por exemplo. E a alteração da rotina de diversos ecossistemas é percebida mundialmente com as mudanças climáticas, assunto também recorrente nas salas de aula para problematizar as consequências das ações e preparar os estudantes para o mundo moderno e complexo que já estão inseridos!
Enquanto instituição de ensino, o Santa Inês tem um papel de extrema importância na promoção da preservação e conscientização dos cuidados e das responsabilidades que desempenhamos com a gigante diversidade biológica que nos cerca. Além disso, tem o poder de influenciar toda a comunidade para se envolver em iniciativas sustentáveis relacionadas à biodiversidade, ampliando assim, em escala mais ampla, mudanças positivas! Dessa forma, além de transmitir os conhecimentos científicos, a cultura do respeito ao planeta é fortalecida, de modo a promover ações sustentáveis para as gerações atuais e futuras, no desenvolvimento de uma sociedade mais solidária, plural e justa.
Contudo, as adversidades são grandes, mas existem muitas organizações preocupadas em tornar alcançáveis as metas ambientais, sociais, econômicas e institucionais na geração de medidas transformadoras, para que a biodiversidade continue a florescer. Essas metas são os conhecidos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e surgiram com a Agenda 2030, que consiste em um plano de ação global elaborado pela ONU, em 2015, com a missão de atingirmos melhores índices sustentáveis até o ano de 2030.
A Agenda 2030 estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que abrangem áreas como erradicação da pobreza, saúde, educação, igualdade de gênero, água e saneamento, entre outros. A conservação e o uso sustentável da biodiversidade são abordados em diversos desses objetivos. Por exemplo, o ODS 15 visa "proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade". Este objetivo reconhece a importância da biodiversidade para a saúde dos ecossistemas e busca promover práticas que garantam sua conservação a longo prazo.
Além disso, a biodiversidade está interconectada com outros ODS, como o ODS 1 (Erradicação da Pobreza), ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 6 (Água Limpa e Saneamento), ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e ODS 14 (Vida na Água). A perda de biodiversidade pode agravar a pobreza, comprometer a segurança alimentar, diminuir a disponibilidade de água limpa e agravar os impactos das mudanças climáticas, entre outros desafios.
Portanto, para alcançar os objetivos da Agenda 2030 e garantir um futuro sustentável, é essencial que os colégios adotem medidas eficazes para proteger a biodiversidade. Assim, estaremos trabalhando em direção a um mundo onde a vida na Terra seja preservada e valorizada como um legado para as gerações atuais e futuras. Destacamos, ainda, que não é só a escola que tem um papel transformador e, por isso, seguimos contando com as famílias para serem inspirações para os jovens inesianos terem referências de consumo responsável, a fim de planejar maneiras de agir para ir além da compreensão teórica dos ODS.
No Santa Inês, alguns exemplos práticos e já consolidados, a respeito da preservação da biodiversidade são:
- Utilização de energia solar coletada na própria escola;
- Copos eco e/ou feitos de fibra de bambu (material renovável, biodegradável e com baixo impacto ambiental que oferece uma alternativa ecologicamente correta aos copos de plástico descartáveis);
- Ampliação de espaços verdes, a exemplo da horta e das Tinis (pequeno espaço de terra cultivado pelas crianças para se conectarem ainda mais com a natureza);
- Minhocário alimentado com o húmus produzido a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos dos alimentos selecionados na cozinha das Irmãs Escolares;
- Coletor de água da chuva (com capacidade de armazenar 600 litros) na horta orgânica para regar as hortaliças, os temperos e os chás;
- Coletor de óleo de cozinha e de material eletrônico, evitando que estes materiais tenham contato com plantas e animais, um perigo para as suas vidas;
- Selo FSC (Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português) nas produções literárias, também conhecido como selo verde, que consiste em uma certificação florestal na garantia de que todos os produtos derivados da floresta são oriundos de um processo de produção orientado de maneira ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável;
- Papel-semente com flores e hortaliças para serem plantados por toda a comunidade escolar.