Estudantes do Colégio Santa Inês irão representar o Rio Grande do Sul em uma das maiores competições em língua inglesa do mundo
Paisagens de filme, múltiplas culturas e uma bagagem cheia de conhecimentos para compartilhar. Esse é o cenário trazido pela British English Olympics (BEO – Olimpíadas Inglesas Britânicas) – competição acadêmica que reúne estudantes do mundo todo durante 15 dias, no Reino Unido. É lá que, representando o Rio Grande do Sul, 18 estudantes do Colégio Santa Inês serão desafiados por jovens de mais de 40 países, de 27 de março a 10 de abril.
Bagagem completa
A língua inglesa, por sua vez, é como um passaporte para a BEO, já que o requisito básico para participar é o domínio do idioma. Mas engana-se quem pensa que as exigências param por aí. Para integrar este seleto grupo, são necessárias competências em diversos âmbitos. “É preciso ter proficiência em áreas como História, Geografia, Ciências, Economia e Atualidades porque as provas são interdisciplinares”, revela a coordenadora do Ensino Bilíngue e do, Analice Vacaro.
Destino: British English Olympics
Para competir, inclusive, só há uma forma: sendo convidado pela Oxford Education – organizadora do evento certificado por uma das melhores universidades do mundo. E apesar das várias competências necessárias, o bilhete de entrada no evento da instituição inglesa é que a escola seja de um país que não tenha o inglês como língua de nascimento. Obviamente não é só isso. E nem poderia.
A organização britânica, que mobiliza dezenas de países na competição, não deixaria passar outros detalhes importantes ao escolher seus convidados, e é isso que torna a participação na BEO tão especial. Em outros termos, nem a chegada até lá é para qualquer um.
“É preciso ter um perfil específico, que envolva não só habilidades e conhecimentos acadêmicos, mas também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, afinal, em uma competição temos a pressão como um fator importante envolvido”, afirma Analice.
Cantar, dançar, encenar, argumentar, improvisar, resolver problemas... São muitos os desafios norteados por um tema em cada edição. Em 2024, as duas semanas de competição vão orbitar o assunto mais comentado do momento: Inteligência Artificial. Nestes momentos, vão contar muito a oratória, a capacidade de lidar com o inesperado e a criatividade – tudo em performances inteiramente em inglês.
Pré-embarque: montando a delegação
No momento em que chega o convite de Oxford, uma equipe pedagógica é estruturada para avaliar quem está preparado para as disputas na terra da rainha. “Professores regentes, de língua inglesa e das áreas do conhecimento que serão abordadas na BEO, equipe de Psicologia e corpo pedagógico como um todo passam a discutir diferentes aspectos que envolvem a formação da delegação”, explica Analice.
“Durante o processo seletivo, os jovens apresentam diferentes potencialidades, e a participação na BEO é uma oportunidade de qualificá-las, não só nas apresentações no evento, mas no próprio preparo para elas”, observa Fabiana Pires, coordenadora pedagógica do Ensino Médio.
Prontos para decolar: o voo após o voo
Que a experiência é ímpar, não há dúvida. O que não pode ser esquecido é que a experiência não termina ao embarcar no avião de volta para a casa. “A imersão cultural vivenciada pelos jovens oferece uma oportunidade de desenvolvimento única. Saem da experiência com aprimoramento das habilidades de organização pessoal, comunicação, autorregulação, gestão de tempo, autoria científica e autonomia de pensamento, entre outras”, afirma Fabiana.
Depois de uma vivência desafiadora, multicultural e emocionante, que coloca os estudantes em lugar de protagonistas, é impossível voltar atrás. O único caminho após esse mergulho nos próprios saberes é continuar buscando, investigando e experimentando novos convites a crescer.