Produção de texto: ferramenta de comunicação e de aprendizagem

Com uma proposta divertida e integrada com as diversas áreas do conhecimento, os estudantes do 4º Ano do Ensino Fundamental desenvolveram habilidades importantes para escrever um texto coletivo, contando as suas impressões sobre como festejar uma Festa Junina em um formato diferente. O objetivo da atividade foi oportunizar um trabalho que desenvolvesse a escrita com compreensão, autonomia e criticidade, partilhando informações, experiências, ideias e sentimentos.

 “Entendemos a importância de investir em propostas de escrita que considerem a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve), a finalidade (escrever para quê) e a circulação (onde o texto vai circular), características fundamentais para garantir a apropriação da linguagem com foco na organização, no conteúdo, na forma do texto e em seu tema. Com essa proposta, os estudantes estão trabalhando com a função social da escrita, utilizando-a como ferramenta de comunicação e de aprendizagem”, explica a Coordenadora Pedagógica do Segmento, Viviane Nectoux.  Sobre o projeto, a Orientadora Pedagógica, Laura Bagatini, ressalta que “o envolvimento das crianças com propostas integradas e intencionalidade comunicativa amplia a confiança das crianças e confirma a importância de conexões entre o que é da escola, da família e de toda a comunidade”.

Quer conferir o resultado dessa atividade? Abaixo, compartilhamos, na íntegra, o texto coletivo escrito pelos estudantes da turma 43, da professora Cristine. Boa leitura!

Uma Festa Junina Diferente

Era uma vez um vírus chamado Coronavírus. No ano de 2019, em dezembro, ele começou a transmitir uma doença lá na China, do outro lado do mundo.  Nunca pensamos que ele chegaria em Porto Alegre, mas ele chegou! A partir disso, nossas vidas foram mudando. Sabemos que muitas pessoas estão morrendo e nem na escola podemos mais ir.

Nós, os escritores desta história, somos transmissores desse vírus. Precisamos proteger nossos avós e os avós dos nossos amigos. Por isso, não poderemos abraçar nossos colegas e professores!

Agora, paremos para pensar.... Como seria esse vírus há cem anos? Sem a tecnologia, sem os instrumentos e sem o conhecimento? Como faríamos para passar este tempo de isolamento sem as aulas on-line, sem celular, tablets e internet?  Como a medicina salvaria as pessoas sem respiradores e exames?

Por todos esses recursos, não podemos nos queixar. Temos que cumprir nosso papel de cidadão. Cuidar da nossa alimentação, fazer exercícios, aproveitar nossas aulas on-line e descobrir novas possibilidades, como uma festa junina on-line.

No nosso colégio, sempre tem um festão na festa junina. Tem brincadeiras, comidas, apresentações e muita diversão. Mas este ano foi diferente! Nós e as profes organizamos uma festa junina on-line. E foi muito divertida! Teve brincadeira de pescaria na aula de inglês, correio elegante e danças típicas. Cada um na sua casa dançou, comeu pipoca e todas as gostosuras que tem na festa junina. As famílias nos ajudaram a enfeitar a casa e fazer as comidas típicas. Na hora da aula, até as professoras estavam caracterizadas.

A festa estava tão boa e animada que nós decidimos convidar os pais e os irmãos para participarem das brincadeiras e comilanças. As brincadeiras mais divertidas foram o jogo das argolas, improvisado com garrafas pet e argolas feitas de papel, e boca do caipira. A boca era um balde.

Teve até fogueira. Um dos colegas tinha uma lareira a acendeu para os outros verem. Ele passou muito calor, porque lá fora o sol estava forte e tinha 28 graus. A professora colocou músicas juninas para que todo mundo pudesse dançar.

É assim que vamos fazer tudo melhorar. Com alegria e criatividade, vamos arrumando novos modos de nos divertirmos, apesar do isolamento social.

Estamos tentando ser criativos neste trabalho, pois ele vale pontos para a Gincana. O que conseguimos pensar é que, apesar de difícil, tem um lado bom. O lado bom é estar com nossas famílias, ficar em casa com os pais. Mas não paramos de pensar no dia em que poderemos correr livres e dar um abraço nos amigos.