Qual o impacto da educação voltada para habilidades e competências na formação escolar?

Há alguns anos, a educação básica tinha um caráter conteudista. Decorar teoremas e fórmulas, bem como regras de linguagem, eram tarefas árduas, sim, mas corriqueiras e comuns aos estudantes das diversas faixas etárias. As instituições de ensino passaram por mudanças, avançaram e se adequaram ao perfil e às necessidades dos estudantes. Então, hoje, da Educação Infantil ao Ensino Médio, as escolas desenvolvem uma metodologia voltada para a construção de habilidades e de competências, orientação que consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, como forma de assegurar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Porém, na prática, de que maneira a educação voltada para a construção de habilidades e de competências impacta na formação das nossas crianças e dos nossos jovens? A Coordenadora Pedagógica Geral do Colégio Santa Inês, Maria Waleska Cruz, explica que, na instituição, os professores passaram por um longo processo de capacitação, ainda em 2016, para ingressar neste novo momento. “Atualmente, avaliações externas como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), por exemplo, são todas desenvolvidas em cima de competências e de habilidades”, destaca Waleska, lembrando que o objetivo é formar sujeitos capazes de resolver situações-problemas do cotidiano, com distintos graus de complexidade.

Nesse contexto, ao investir em uma educação voltada para habilidades e competências, espera-se que os estudantes possam ir além do conteúdo, que possam mobilizar esse conhecimento e aplicá-lo a situações reais. “Quando o estudante se apropria do conhecimento, ele passa a dizer a sua palavra em vez de repetir a palavra dos outros e começa a entender a vida. Esse é o nosso grande propósito”, conclui a Coordenadora.