Quarta-feira Literária reflete sobre o direito de ler e escrever
Ler e escrever são direitos essenciais! No entanto, ainda hoje, de acordo com a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ainda conta com 11 milhões de pessoas analfabetas. Para refletirmos sobre este tema tão importante, a Quarta-feira Literária desta semana traz dicas de leitura que abordam este direito único de comunicação. Confira as dicas e boa leitura!
"Prezada leitora e caro leitor,
Se você está lendo esse post neste instante, é porque, em algum lugar e momento lá do seu passado, alguém te ajudou a entender o que as letras diziam e mostrou que era possível expressar ideias através das palavras. Já parou para pensar como seria sua vida se você não soubesse ler nem escrever? É por isso que, no próximo dia 14 de novembro, lembramos como a alfabetização – seja no âmbito tradicional, seja sob a perspectiva atual dos multiletramentos – é um direito essencial de todas as pessoas, para que tenham a capacidade de compreender, usar e refletir sobre o que leem, ampliando seus conhecimentos e participando da vida em sociedade.
Um abraço e boas leituras!
Letras de carvão - De Irene Vasco, ilustrado por Juan Palomino e com tradução da Márcia Leite (Editora Pulo do Gato, 2016)
"Na pequena cidade de Palenque - que na língua espanhola significa quilombo - quase ninguém sabia ler. Com o propósito de ajudar a irmã a decifrar as cartas que recebia, e contando com a ajuda do dono da mercearia, uma menina começa a descobrir o que as letras e as palavras significam, e não demora muito para que um mundo novo de possibilidades se abra para ela e para todos os habitantes de seu povoado. Essa é a história que a mãe conta ao filho ao se lembrar da própria infância e de como aprendeu a ler e a escrever.
Ao contar uma história dentro de outra história, esta narrativa relata também como os habitantes de pequenos povoados e de comunidades quilombolas puderam ter acesso à língua escrita sem que, para isso, tivessem de perder o vínculo com suas tradições mais genuínas. Os desenhos de Juan Palomino reforçam a importância de valorizar a cultura local, em que crianças e adultos brincam, trabalham e se divertem em meio a uma natureza exuberante, festejando e compartilhando a vida e os saberes. O livro baseou-se nos relatos de mães comunitárias colombianas durante oficinas de leitura ministradas pela autora."
Tecnologias digitais na alfabetização - De Isabel Cristina Alves da Silva Frade e colaboradoras (Editora CEALE/FAE/UFMG, 2018) – Ebook disponível neste link.
A obra traz os resultados parciais de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE/UFMG), com foco na utilização de jogos e atividades digitais para a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico da escrita. A proposta teve como público-alvo crianças dos três primeiros anos do Ensino Fundamental no município de Belo Horizonte (MG), e pretende aproximar os campos da pesquisa e do espaço escolar para inspirar professores no uso das tecnologias - em especial os jogos digitais - de uma forma reflexiva e colaborativa no contexto educativo. Segundo as autoras, “o jogar na escola proporciona a vivência do grupo, proporciona viver juntos respeitando as regras do jogo, respeitando uns aos outros em suas opiniões, em seus tempos de aprendizagem: respeito, solidariedade e compreensão das possibilidades do outro.”