Robótica Educacional na prática no Colégio Santa Inês

O Santa Inês foi uma das escolas pioneiras de Porto Alegre a implementar a Robótica Educacional. Há mais de 20 anos, o Colégio acumula diversos reconhecimentos, a exemplo de premiações nacionais e internacionais da equipe Galilegos – formada por estudantes do Ensino Fundamental. Voltado para o Ensino Médio, eventos como o Painel das Profissões convidam profissionais do mercado de trabalho para falar de suas carreiras, de acordo com o interesse das turmas. Nos últimos anos, atuações com Ciências da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, HTML e CSS têm se mostrado no radar dos jovens. Os inesianos do Ensino Médio também podem escolher fazer parte do itinerário de Cultura Maker para dar continuidade à exploração dos aprendizados da Educação Tecnológica, da qual a Robótica Educacional faz parte.


Mas e a Robótica nos segmentos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental Anos Iniciais? Também é uma realidade no Colégio Santa Inês.
Inclusa nos currículos das crianças, a Robótica é uma das soluções educacionais que, através de experimentações, combina tecnologia e criatividade com a cultura maker.
Os benefícios de vivenciar a Robótica na prática desde a infância reforçam o desenvolvimento do potencial cognitivo (a exemplo de desafios lógicos-matemáticos), e as propostas tecnológicas vão além de incentivar a criatividade: propiciam a cidadania e a consciência socioambiental. “Quando falamos de Robótica, estamos falando de interdisciplinaridade. Ao conhecer uma tecnologia, abordamos os aspectos históricos, culturais, científicos, matemáticos, artísticos, entre outros”, explica a professora de Robótica, Angela Lengler.
As propostas variam de acordo com a faixa etária, o contexto pedagógico trabalhado e começam com o processo de investigação. Porém, não demora muito para os pequenos colocarem a “mão na massa”, afirma Angela.

Soluções para mudar o mundo
“As crianças são incentivadas a explorarem meios que possam solucionar determinados problemas, como, por exemplo, construírem uma tecnologia para evitar as enchentes que aconteceram em Porto Alegre ou para combater o mosquito da dengue”, revela a educadora. Essa, talvez, seja a parte mais importante da Robótica, pois os protótipos tecnológicos podem trazer soluções para áreas essenciais na sociedade, como Saúde, Educação, Moradia, Meio Ambiente, Indústria e Comunicação.

Aprender fazendo
Para além de criar máquinas, a Robótica desenvolve habilidades como trabalhar em equipe, refletir e fazer análises de forma crítica. Junto com elas, a imaginação e a criatividade completam o pacote de aptidões fundamentais para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, e criar soluções.

A Robótica é, na verdade, um projeto de Educação Tecnológica. As atividades propostas às crianças envolvem sempre a utilização de materiais concretos, como kits de blocos de montar e materiais não estruturados, como papelão, tecidos, palitos, lã, etc. Já as que envolvem o pensamento computacional utilizam robôs programáveis e ambientes digitais de programação.

De máquinas simples à automação
Um mesmo conceito mecânico, como força, por exemplo, pode ser trabalhado de forma diferenciada de acordo com a faixa etária. É pensando nisso que os estudantes dos Anos Iniciais aprendem conceitos sobre máquinas simples, mas este conhecimento avança, nos segmentos posteriores, para máquinas mais complexas e para os processos de automação. “O estudante precisa compreender a relação social entre ser humano e máquina até chegar a pensamentos mais complexos de como se posicionar em relação às novas tecnologias, como a Inteligência Artificial”, explica a professora.