O lúdico na aprendizagem

Não há, no brincar, lugar para a uniformização do pensar e do agir; cada um de nós brinca de um jeito, de uma forma, cria estratégias para o brincar e, por conseguinte, constrói estruturas emocionais, intelectuais e possibilidades inovadoras para reviver experiências, transformar situações e angústias, colocar-se no lugar do outro e desenvolver a inteligência. O brincar nasce da criança e com a criança; não é pronto, mas se origina da genialidade própria do ser infantil; tem o propósito de oportunizar o viver desta experiência rica em possibilidades. O brincar é pulsante, é movimento, desejo de vida e transformação. Por isso, inúmeros teóricos da saúde e da educação dissertam sobre a importância do brincar. A criança, em sua condição potencial de saúde física e mental, precisa e tem necessidade de brincar para significar e simbolizar a vida.

De acordo com a Coordenadora Pedagógica Geral do Colégio Santa Inês, Maria Waleska Cruz, “o brincar abraça a realidade dando mais sentido à vida infantil”. E é por gerar conexões tão importantes, entre outros motivos, que a inserção de atividades lúdicas no processo de aprendizagem auxilia os estudantes, estimulando a atenção, a imaginação, os aspectos motores e sociais. Viviane Nectoux, Coordenadora Pedagógica dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, destaca a importância do lúdico na alfabetização e no letramento das crianças. “A brincadeira gera um registro de memória e de significado para as aprendizagens, favorecendo o desenvolvimento de habilidades importantes para o processo de alfabetização”, complementa.

É através do lúdico que aprende a trabalhar a curiosidade, desenvolvendo iniciativa, autoconfiança e, por consequência, a linguagem, o pensamento e a concentração. “O brincar é a consolidação do processo pedagógico das crianças”, conclui a diretora Irmã Celassi Dalpiaz, ao refletir sobre a importância do brincar e do lúdico no processo de aprendizagem.